sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Escolha

Dói...

Machuca...

Aperta...

Dilacera seu coração.

Silêncio por um momento

Então uma simples pergunta quebra o frágil estado de choque:

“Por que”

Ele sabe por quê...

Mas então porque todas as explicações que lhe pareceram tão lógicas antes

Agora parecem fracas.

Ela não sabe...

E por Deus, como ela tem medo de saber...

Saber que talvez nunca foi correspondida da mesma maneira

Saber que todas as noites que em chorava por ele

O mesmo talvez estivesse em outros braços.

Ele tenta se desculpar:

“Perdoe-me”

Como ela queria que fosse suficiente

Mas não é... Não dessa vez

E por um momento ambos temem que nunca seja.

Ela quer partir...

Correr...

Fugir...

Se esconder...

Dele, da dor, da saudade.

Ela ameaça parti

Ele se aproxima

Um passo

Dois...

Três...

Então ela se afasta

E aquele simples gesto quase quebra teu coração.

Mais por Deus, ele sabe que merece

Ele quebrou seu coração antes.

Queria poder voltar em sua decisão. Queria nunca ter partido

Mas querer não é poder.

Ela quer tanto tocá-lo

Mas sabe que não deve

Não agora, não quando está tão frágil

Quando se sente divida em desmoronar

E correr para os braços dele.

Então se afasta e vê o quanto isso o magoa

E isso não lhe traz conforto, saber que o machucou.

Ela não quer machucá-lo, quer abraçá-lo... Envolvê-lo em seus braços como tantas vezes fizera antes.

Talvez tudo entre ambos esteja quebrado demais... Além do concerto.

Ela se vira, quer partir

Mas ele a impede, a segura sem seus braços e chora

Como uma criança que tem medo do escuro ele chora em seus braços.

Ela se sente desmoronar... Por Deus, como ainda o ama...

Então faz uma escolha.

Ele escolheu partir antes

Mas ela escolhe ficar agora.

Então quando ambos se beijam ela sabe... Que se ainda existe amor...

Talvez ainda exista concerto.

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