Dói...
Machuca...
Aperta...
Dilacera seu coração.
Silêncio por um momento
Então uma simples pergunta quebra o frágil estado de choque:
“Por que”
Ele sabe por quê...
Mas então porque todas as explicações que lhe pareceram tão lógicas antes
Agora parecem fracas.
Ela não sabe...
E por Deus, como ela tem medo de saber...
Saber que talvez nunca foi correspondida da mesma maneira
Saber que todas as noites que em chorava por ele
O mesmo talvez estivesse em outros braços.
Ele tenta se desculpar:
“Perdoe-me”
Como ela queria que fosse suficiente
Mas não é... Não dessa vez
E por um momento ambos temem que nunca seja.
Ela quer partir...
Correr...
Fugir...
Se esconder...
Dele, da dor, da saudade.
Ela ameaça parti
Ele se aproxima
Um passo
Dois...
Três...
Então ela se afasta
E aquele simples gesto quase quebra teu coração.
Mais por Deus, ele sabe que merece
Ele quebrou seu coração antes.
Queria poder voltar em sua decisão. Queria nunca ter partido
Mas querer não é poder.
Ela quer tanto tocá-lo
Mas sabe que não deve
Não agora, não quando está tão frágil
Quando se sente divida em desmoronar
E correr para os braços dele.
Então se afasta e vê o quanto isso o magoa
E isso não lhe traz conforto, saber que o machucou.
Ela não quer machucá-lo, quer abraçá-lo... Envolvê-lo em seus braços como tantas vezes fizera antes.
Talvez tudo entre ambos esteja quebrado demais... Além do concerto.
Ela se vira, quer partir
Mas ele a impede, a segura sem seus braços e chora
Como uma criança que tem medo do escuro ele chora em seus braços.
Ela se sente desmoronar... Por Deus, como ainda o ama...
Então faz uma escolha.
Ele escolheu partir antes
Mas ela escolhe ficar agora.
Então quando ambos se beijam ela sabe... Que se ainda existe amor...
Talvez ainda exista concerto.