domingo, 2 de dezembro de 2012

Odeie-me

Eu tó saindo do controle
Perdendo a medida
Já ultrapassei a linha
Eu tó a um passo da beirada
Posso ver o precipício daqui
Mais um passo até o abismo
Eu cheguei ao fundo
Eu cavei o final do poço
E eu odeio isso
Odeio te amar quando você parece me odiar

Eu tó perdendo o prumo
Esqueci do rumo
O leme está vago
Não há ninguém o pilotando agora
Eu tó no meio do nada
E o nada é cheio demais
Cheio de pensamentos
E lembranças de você
Alguém me empurre
Eu tó no fim da prancha
Eu tó a um passo de me afogar
Porque eu odeio te amar quando você parece me odiar

Eu não sei mais que dia é
Eu não lembro em que ano estamos
Quando passou a primavera?
Onde se foi o verão?
Parece que meu relógio climático quebrou
Eu estou no eterno inverno

Vamos, empurre-me
Eu estou a um passo do precipício
Vamos, jogue-me ao lobos
Eles estão famintos
Alimente-os com minha carne
Retalhe-me
Vamos, me faça afogar
Deixe que o mar seja meu leito de morte
Odeie-me por te amar